A Fraude do Azeite

5

O azeite é um grande exemplo de que nem todas as gorduras são maléficas ao nosso organismo. Em especial o azeite extravirgem que oferece benefícios de caráteres ímpares a nossa saúde. Rico em ácidos graxos monoinsaturados que promovem uma queda no nível de colesterol ruim e aumentam o bom, além de ser considerado tão puro quanto um suco de frutas, preserva os antioxidantes da azeitona de tal forma que conservam os polifenóis e a vitamina E. Falando assim, parece as mil maravilhas não é? Mas não é isso o que aponta um teste realizado recentemente pela Associação de Consumidores, Proteste.

A Entidade realizou um teste com 19 marcas de azeite extravirgem e os resultados não foram nada bons para a maioria das marcas. O resultado atestou que quatro marcas, dentre elas, Figueira da Foz, Tradição, Quinta d’Aldeia e Vila Real não podem nem ser consideradas azeites, e sim apenas uma mistura de óleos refinados. Bom para oito marcas que apresentaram a qualidade extravirgem explicita em suas embalagens, dentre elas estão: Olivas do Sul, Carrefour, Cardeal, Cocinero, Andorinha, La Violetera, Vila Flor, Qualitá. Em contrapartida, marcas renomadas como: Borges, Carbonell, Beirão, Gallo, La Espanhola, Pramesa e Serrata não passaram no teste que aponto que elas não podem ser consideradas extravirgem, mas apenas virgens. Foram realizados quatro testes pela entidade e este foi o que mais apresentou fraudes contra o consumidor.

É sabido que as propriedades antioxidantes do azeite de oliva são de extrema importância em nossa rotina alimentar e saúde. Entretanto para que sejam mantidas todas as características de um bom azeite, não deve-se agregar outras substâncias a sua composição. Portanto, os quatro produtos desclassificados (Figueira da Foz, Tradição, Quinta d'Aldeia e Vila Real) considerados uma mistura de óleos refinados com adição de outros óleos e gordura, apresentaram em diversos parâmetros da análise, valores que não estão de acordo com a legislação vigente. Em outras palavras, os teste apontaram falta de qualidade no produto, adição de óleos e sementes de oleaginosas, o que caracteriza uma fraude.

A respeito dos outros sete que foram definidos como apenas azeite de oliva virgem e não extravirgem, como descrito em seus rótulos, o teste apontou que eles não chegam a cometer as mesmas fraudes que os citados anteriormente, apenas não podem ser vendidos como extravirgem. A entidade (e nós consumidores), defende que o consumidor está pagando mais caro, acreditando estar comprando o melhor tipo de azeite e na verdade está levando um produto de qualidade inferior.

Para que fique claro para você, é considerado fraude o produto vendido fora das especificações estabelecidas por lei. Entretanto, no caso das análises promovidas pela Proteste, foram considerados parâmetro físico-químicos para detectar possíveis adulterações: espectrofotometria (presença de óleos refinados), quantidade de ceras, estigmastadieno, eritrodiol e uvaol (adição de óleos obtidos por extração com solventes), composição em ácidos graxos e esteróis (adição e identificação de outros óleos e gorduras), isômeros transoleicos, translinoleicos, translinolênicos e ECN42 (adição de outras gorduras vegetais).

A próxima medida a ser tomada pela entidade é a notificação ao Ministério Público, a ANVISA e o Ministério da Agricultura, exigindo uma fiscalização mais eficiente. Mas este não foi o único dos testes realizados a apontarem problemas, nos outros três passados, também houveram. Em 2002 foram avaliados os virgens tradicionais e foi encontrada fraude. Em 2007, o mesmo se deu com os extravirgens. Em 2009, uma das marcas que se dizia extravirgem não correspondia a classificação. Tais fatos demonstram à entidade que os fabricantes ainda não são alvos da fiscalização necessária.

Dentre os benefícios proporcionados pelo azeite de oliva, podemos elencar os principais como:


  1. Ação Antioxidante;
  2. Proteger o coração e o cérebro;
  3. Fortalecer as unhas;
  4. Proteger contra osteosporose;
  5. Efeito Analgésico;
  6. Proteção à pele;
  7. Oxidação do Colesterol;
  8. Entre outras;


Portanto, fique atento, sempre! Nosso mercado é composto por uma gama enorme de produtos e suas embalagens agregam um elevado número de informações, dentre as quais, muitas delas podem não estar de acordo com a composição do mesmo.



Fonte: O Globo.

5 comentários:

O que mais existe e fraude no que compramos para nossa alimentos,todos tem fraude.

O que eu gostaria de ver analisado é o processo de extração dos azeites. Todos os mais falados, Galo, Andorinha, Borges, Carbonel, etc. parecem água saborizada. De uns 15 anos pra cá a viscosidade baixou absurdamente. Eram densos e a bolha de ar demorava pra subir quando virávamos a garrafa. Hoje as bolhas de ar sobem tão rápido quanto aos óleos refinados (soja, milho, etc). Ou seja a viscosidade não se manteve e ninguém dá satisfação dessa degradação do produto.

Tá, então quais são os que realmente são extravirgens? A matéria não deixa bem claro isso.

O que que o consumidor pode fazer depois que compra o produto?

Uma marca boa é o Azeite Camponês exprimentem desde que comprei não quero saber de mais nenhum azeite

Postar um comentário